Re Publié, le 18 sept. 2025 - 01:12:49

François Vieira
Ph39otoJournaliste accrédité* UE
*1999 - 2024
Membre du Syndicat des Journalistes à Lisbonne
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O DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA

António Manuel Pereira da Costa Pinto
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O TÍTULO DESTA CRÓNICA PODERIA SER:
"O homem, esse desconhecido!"
De facto, depois do "Homo Erectus"(1,8 milhões de anos) passando pelo "Homo sapiens" (200.000 anos) e "Neandertal"(até há cerca de 29 000 anos) a evolução do Homem é evidente. Todavia se é evidente a constituição do homem como um ser bio - social, há porém, mau grado o conhecimento que hoje se possui e os estudos feéricos que têm sido levados a efeito, o anseio de se procurar obter respostas para as questões: o que é o homem? Quem é o homem? Como é o homem?
Os surpreendentes últimos estudos que se debruçaram sobre a inteligência e a criatividade, aportaram novos conhecimentos sobre o homem e vieram transmitir uma nova visão sobre estas capacidades.
Assim, e ao contrário do que se imaginava - que a inteligência se atenuava ou mesmo diminuía de acordo com o processo de envelhecimento - foi constatado que a inteligência se pode desenvolver ao longo da vida.
Há, porém, aspectos a considerar: as actividades para melhorar a memória são mais úteis do que ver o mesmo filme ou programa varias vezes. Mas, deve-se acrescentar que com estas actividades, o máximo que se pode obter é um veloz acesso a conhecimentos que já estão armazenados no nosso cortéx cerebral. Se o conhecimento não existe, nenhum exercício ou actividade nos fará compreender por exemplo a crise económica actual. Daí que, seja muito mais eficaz exercitar o cérebro com novos conhecimentos do que com aqueles que já dominamos.
Por outro lado, com um conjunto adequado de actividades (ler, jogar, assistir a conferências e/ou debates, visitar exposições, tocar um instrumento, escrever, entre outras), pode-se obter o que mais desejamos: ser mais inteligente, ser mais criativo, recordar com facilidade e agir adequadamente nos vários "mundos" que nos envolvem (trabalho, família, sociedade).
A descoberta importante a que aludimos no início deste texto, versa sobre o quociente de inteligência (QI) que se pensava ser o mesmo desde a infância. Ao contrário, sabe-se hoje, este quociente pode crescer ou diminuir no curso da vida.
Segundo um estudo da "University College of London", a inteligência pode crescer 21 pontos ou regredir 18. Esta pesquisa, baseada nos últimos estudos sobre a neuroplasticidade do nosso cérebro, mostrou que este nosso órgão pode criar novos neurónios para além dos 70 anos, provando assim, que se pode melhorar a inteligência em qualquer fase da vida. O estudo explica, que o desenvolvimento da inteligência é acompanhado de mudanças estruturais no cérebro, induzindo a um aumento do volume da nossa "massa cinzenta".
Mais interessante é que a habilidade motora e a capacidade intelectual não são, como se pensava, duas coisas distintas: pelo contrário, actividades diversas como escutar música clássica, trabalhar ou jogar têm um efeito similar no melhoramento da capacidade do intelecto.
Também se constatou que o exercício físico aeróbio, faz bem ao cérebro: caminhar 30 minutos por dia, 5 dias por semana, estimula a produção de uma molécula que favorece o desenvolvimento de novos neurónios e sinapses e melhora a capacidade de aprendizagem. Nos EUA, a "University of Illinois", descobriu que a actividade física faz aumentar a "massa cinzenta" na região do nosso cérebro responsável pela aprendizagem de novos conhecimentos e seu armazenamento.
Um outro estudo, ainda nos EUA, desta vez na "University of Michigan", debruçou-se sobre a memória a curto prazo, tendo-se descoberto que esta, possui um carácter mais importante de quanto se imaginava. Assim, descobriu-se que este tipo de memória, melhora a fluidez cerebral, a capacidade de raciocinar e de resolver problemas independentemente do conhecimento que se tem dos mesmos.
Uma outra componente que tem efeitos sobre a inteligência é a atenção e a paixão: se não se tem interesse naquilo que se lê ou se escuta, à posteriori não se recorda e como tal não se pode utilizar para criar novas conexões mentais.
Outra actividade importante, é o estudar uma nova língua que por exemplo não só melhora o QI, como atrasa em vários anos o risco de demência em pessoas mais susceptíveis de a adquirirem. A própria alimentação, através da famosa dieta mediterrânea(frutas, legumes, peixe e azeite), melhora a capacidade de aprendizagem.
Em síntese, deram-se algumas pistas para nutrir e enriquecer o nosso cérebro. Cabe pois a cada pessoa agir em conformidade para que o seu cérebro seja cada vez mais audaz para ser cada vez mais capaz.
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*Lic. Ciências Sociais - Sociologia
Educação Física e Desporto
*Lic. Sciences sociales - Sociologie
Éducation Physique et Sports
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